A Euromonitor lançou recentemente um estudo que apresenta as 10 principais tendências globais de consumo para 2021. Vamos conhecê-las:
- RECONSTRUIR MELHOR
Com a pandemia, a expetativa é a de que as empresas protejam a saúde, os interesses da sociedade e do planeta. O objetivo é caminharmos no sentido de um mundo mais sustentável, promovendo a mudança económica, não olhando apenas para as receitas, e contribuindo para a resolução da desigualdade social e dos danos ambientais.
- DESEJO POR CONVENIÊNCIA
Estima-se que os gastos dos consumidores diminuam, acompanhando a crise económica que se avizinha. A COVID-19 reduziu o número de visitas por impulso, e elas agora são planeadas. Hoje em dia, os consumidores têm que agendar atividades que antes eram realizadas espontaneamente, como visitas a lojas, eventos sociais e refeições em restaurantes. Eles têm o desejo pela conveniência de antes e recorrem ao canal digital para obter o mesmo nível de flexibilidade. Existe uma grande pressão para que as empresas adaptem rapidamente as suas operações, desenvolvendo uma experiência do cliente mais resiliente enquanto preserva os níveis de conveniência. As empresas devem manter a agilidade e a continuidade da jornada de compra em todos os canais.
- OÁSIS AO AR LIVRE
Com os riscos sanitários que enfrentamos, as restrições de mobilidade e a disseminação do teletrabalho, a procura por um oásis ao ar livre para fins recreativos aumenta cada vez mais. Muitas pessoas já pensam em sair das cidades muito habitadas para viver em zonas rurais.
As empresas adotaram medidas sanitárias rígidas e começaram a realizar eventos ao ar livre para que os consumidores se sintam mais seguros e à vontade fora de casa. As empresas devem adaptar sua estratégia de desenvolvimento de produtos para abranger a tranquilidade da vida rural em ambientes urbanos e, assim, atender melhor aos desagradados com as cidades.
- REALIDADE “FIGITAL”
A Realidade Figital é um modelo híbrido composto pelos mundos físico e virtual, em que os consumidores podem viver, trabalhar, fazer compras e divertir-se, fisicamente e online.
As empresas devem integrar processos virtuais nos espaços físicos para oferecer o conforto de uma visita a quem prefere ficar em casa. A oferta de experiências virtuais é crucial para impulsionar as vendas online. Com as ferramentas digitais, os consumidores ficam conectados em casa e voltarão com segurança para o mundo exterior assim que as economias reabrirem, evitando riscos desnecessários.
- OTIMIZAÇÃO DO TEMPO
A nova flexibilidade proporciona mais tempo aos consumidores, contudo encontrar a melhor forma de usar este tempo pode ser complicado. A gestão da vida profissional, familiar, social e pessoal é um desafio e, por sua vez, uma oportunidade. As empresas devem propor soluções que atendam ao desejo do consumidor de otimizar tempo, oferecendo uma maior flexibilidade, especialmente em relação a produtos e serviços acessíveis a partir da casa do cliente ou nas proximidades.
- INQUIETOS E REBELDES
Os consumidores estão fartos. Desconfiar dos líderes agora é a regra. Os preconceitos e a desinformação estão a provocar uma crise de confiança. A desconfiança generalizada em relação aos media e aos conteúdos da internet indica que as empresas têm a possibilidade e a obrigação de conduzir as suas ações de marketing para o combate à desinformação. Os consumidores querem ter acesso aos factos, e esperam iniciativas das marcas neste sentido.
- OBSESSÃO POR SEGURANÇA
A segurança e a saúde vão guiar o comportamento dos consumidores. Em todos os setores, as empresas devem desenvolver iniciativas sólidas de higiene para lidar com a crescente preocupação nesta área. As empresas devem implementar inovações e medidas de segurança voltadas para a mitigação das preocupações dos consumidores.
- ABALADOS E REFLEXIVOS
As rápidas mudanças que ocorreram em 2020 vão deixar marcas. Ameaçados pelos riscos existenciais, como o desemprego e os orçamentos mais apertados, os consumidores vão procurar produtos e serviços que possam ajudá-los a encarar crises e eventos radicais no futuro. Haverá uma grande procura por produtos e experiências baseadas no desenvolvimento de competências, equilíbrio e resiliência financeira, mesmo com o fim da pandemia.
- VALUE FOR MONEY
Os consumidores estão cada vez mais prudentes e moderados. Os gastos com bens supérfluos estão a diminuir devido às incertezas no cenário económico. As empresas devem fazer propostas de value for money, e oferecer opções acessíveis sem redução da qualidade. Os pacotes premium devem ser acompanhados de uma narrativa que desperte empatia e tenha uma forte ligação com a saúde, o cuidado e o bem-estar psicológico.
- NOVOS ESPAÇOS DE TRABALHO
A tendência dos novos espaços de trabalho teve um grande impacto na vida de todos nós, influenciando desde o vestuário aos gastos com tecnologia, hábitos alimentares e muitos mais.
Os consumidores estão à procura de alternativas para definir o início e o fim da jornada de trabalho, à medida que tentam conciliar todas as tarefas. As empresas devem apoiar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos seus colaboradores, atendendo às necessidades de produtividade e de comunicação. Ao compreender os benefícios e desafios do trabalho remoto, as empresas podem incentivar as melhores práticas no teletrabalho.