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A mais recente edição do Barómetro do Turismo IPDT revela um nível de confiança inédito no setor. Os empresários mostram-se otimistas quanto ao crescimento da atividade turística, prevendo um aumento das receitas e do número de dormidas durante a Páscoa, impulsionado sobretudo pela procura internacional. O estudo sublinha ainda o reforço da posição de Portugal como destino de turismo de negócios e a importância de uma maior coordenação entre municípios e operadores turísticos. 

O setor do turismo alcança um nível de confiança histórico. Em fevereiro de 2025, o Barómetro do Turismo do IPDT registou 85,2 pontos — o valor mais elevado desde a criação do projeto, em 2006 —, confirmando uma trajetória de crescimento sustentado no período pós-pandemia.  

Este resultado representa um aumento de 2,3 pontos face à edição anterior e reflete a notável resiliência do setor perante fatores externos adversos, como a instabilidade política global e os atuais cenários de guerra. 

Para António Jorge Costa, Presidente do IPDT – Turismo, “este patamar de confiança alcançado não surge por mero acaso. Resulta de uma conjugação de fatores e elementos que continuam a alavancar a atratividade de Portugal enquanto destino turístico. É um reflexo da recuperação do turismo, mas também da maturidade do setor, que continua a demonstrar a sua resiliência e o seu crescimento face aos desafios globais.” 

Páscoa 2025: projeta-se um crescimento das receitas e das dormidas.   

As previsões para a Páscoa de 2025 são otimistas, especialmente no mercado externo. No mercado interno antecipa-se um comportamento semelhante ao do ano anterior, prevendo-se, contudo, segundo 56% dos especialistas, um aumento das receitas turísticas.  

No mercado externo, 66% dos inquiridos estimam um crescimento das receitas e 49% projetam um aumento do número de dormidas face ao mesmo período de 2024. Estes indicadores reforçam a recuperação do setor e o impacto positivo da procura internacional na economia turística nacional. 

Eleições autárquicas sem impacto direto no turismo, mas especialistas destacam a necessidade de maior coordenação.  

A 73ª edição do Barómetro do Turismo revela que 78% dos respondentes não preveem impacto direto das eleições autárquicas de 2025 no setor do turismo. No entanto, 33% consideram que a colaboração entre autarquias e empresários do turismo é insuficiente, sublinhando a necessidade de uma maior coordenação entre stakeholders.  

Para reforçar esta cooperação, 67% dos respondentes defendem uma estratégia integrada entre municípios e entidades regionais de turismo. Entre as medidas apontadas pelos especialistas para fortalecer esta relação destacam-se a simplificação dos processos de licenciamento para projetos turísticos (46%), o desenvolvimento de parcerias estratégicas (46%) e a criação de fóruns de diálogo entre autarquias e empresas do setor (37%). 

Segurança e custo-benefício impulsionam turismo MICE em Portugal.  

Portugal destaca-se, cada vez mais, como um destino competitivo para o turismo de negócios e eventos. De acordo com os profissionais do setor, os principais fatores que sustentam esta atratividade são a segurança e estabilidade política, a relação custo-benefício, a qualidade do serviço e hospitalidade e o clima ameno. A infraestrutura moderna e a capacidade hoteleira, bem como a localização estratégica do país (6%), são também apontadas como vantagens competitivas. 

Para consolidar este posicionamento, 65% dos respondentes consideram essencial a captação de grandes eventos, enquanto 63% defendem o investimento em infraestruturas especializadas. Outras medidas prioritárias incluem o reforço da marca “Portugal” no panorama internacional (46%), a criação de incentivos fiscais para empresas organizadoras de eventos (41%) e a aposta na formação e qualificação de profissionais do setor (37%). 

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