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O turismo sempre foi um setor de promoção da aceitação social, uma ponte para o relacionamento entre os vários povos e culturas que habitam o nosso planeta.

Neste artigo abordamos o impacto de conteúdos provenientes de diferentes culturas, transmitidas pelas plataformas streaming, e como estas são um dos fatores decisivos para a procura de destinos de choque cultural.

No início de 2020, iniciou-se a pandemia provocada pelo vírus COVID-19, o que conduziu à adoção de diversas restrições. Com as medidas implementadas para mitigar a propagação do vírus, o mundo parou e, consequentemente, toda a atividade turística também. De forma a preencher o tempo livre e reduzir o stress criado pela situação pandémica, a sociedade procurou novas formas de se entreter e de se cultivar. As plataformas de streaming registaram nesse ano um aumento significativo. Segundo um artigo publicado pela Universidade Técnica de Lisboa, a Netflix registou um aumento de 16 milhões de subscritores nos primeiros 3 meses de pandemia. Este aumento pode ser justificado, em grande parte, pela procura de novos conteúdos que provocaram uma maior abertura e acesso a diferentes culturas, o que mais tarde suscitou um interesse em aprender novas línguas. Com o alívio das medidas restritivas, o desejo de conhecer essas culturas aumentou.

Com o aumento da procura de plataformas de streaming e a projeção que estas dão às várias culturas e destinos, um estudo realizado pela Booking revela que para 2023, 40% dos respondentes expressam o desejo de experienciarem um verdadeiro choque cultural e 47% vão procurar um destino onde possam vivenciar experiências culturais e idiomas completamente opostos ao considerado comum.

 Uma viagem de choque cultural requer uma experiência turística imersiva onde os turistas conheçam profundamente os diferentes hábitos, comportamentos, tradições e realidades.

Alguns dos destinos com os hábitos e comportamentos opostos aos nossos:

  • China – sabia que, se comer tudo o que está no prato é visto como uma ofensa? Para nós significa que o prato está excelente e é um motivo de orgulho para quem o confecionou.
  • Japão – segundo a revista Travel Talk Mag, é considerado uma falta de respeito o telefone tocar e atendê-lo dentro dos transportes públicos. É preferível colocar os aparelhos em silêncio e devolver a chamada num local privado.
  • Coreia do Sul – receber e oferecer coisas com apenas uma mão é considerada um gesto antipático. Os sul coreanos observam com bons olhos aqueles que recebem e dão com ambas as mãos.
  • India – festejar o casamento é processo de várias etapas e com festejos que podem durar semanas.

 Da mesma forma que a cultura dos outros países cria em nós a vontade de viajar e sermos “culturalmente impactados”, deixamos as seguintes questões para reflexão:

  • Poderá a cultura portuguesa ter o mesmo efeito nos outros países?
  • Poderá Portugal ser um destino atrativo para turistas que procuram experiências de choque cultural?
  • Poderá, esta tendência, ser uma oportunidade para os destinos e as empresas turísticas portuguesas?
  • Será Portugal um tema de conversa sobre o tema: cultura do choque?

Deixem as vossas opiniões e comentários acerca deste tema!

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