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Depois de um ano de esperança, reabertura de fronteiras e regresso parcial à normalidade, o último trimestre de 2021 voltou a colocar em dúvida a retoma do turismo e das viagens internacionais. O aumento de casos um pouco por todo o mundo e o surgimento de uma nova variante da COVID19 – a Omicron – são os principais constrangimentos que poderão impedir a progressão do setor rumo à plena recuperação.

Segundo o último relatório da European Travel Comission (ETC), embora a procura na Europa esteja pronta para uma recuperação plena, devido às elevadas taxas de vacinação no continente, o tráfego internacional de turistas não deverá atingir os níveis de 2019 antes de 2024.

Por outro lado, a agência especializada das Nações Unidas para o turismo (OMT) revelou ainda que as chegadas de turistas internacionais deverão permanecer este ano 70% a 75% mais baixas do que antes da pandemia. Por sua vez, o setor do turismo deverá terminar o ano de 2021 com perdas de 1,78 mil milhões de euros, numa recuperação do setor classificada como “frágil” e “lenta”.

Um estudo recente do The Economist aponta algumas previsões para o setor do turismo que vale a pena analisar:

  • As chegadas internacionais de turistas vão recuperar terreno, mas não deverão regressar aos níveis de 2019. Espera-se que se mantenham 30% abaixo dos níveis de 2019. Também é expectável que o turismo de negócios continue a ser encarado como último recurso e se mantenha em níveis baixos, privilegiando-se as reuniões e eventos de trabalho realizados online. O interesse crescente em minimizar custos e pegada carbónica também fará com que muitas empresas evitem viagens de negócios.
  • Os diferentes níveis de controlo de fronteiras e as variações nos passaportes de vacinas e certificados digitais a nível mundial vão continuar a impor restrições nas viagens em 2022, embora se espere que o turismo doméstico continue a preencher algumas lacunas. A falta de regras concertadas a nível internacional vai travar a recuperação do mercado do turismo em 2022, por isso, espera-se que viajar continue a ser uma experiência muito diferente no mundo pós-pandémico. De acordo com a OMT, atualmente, 46 países permanecem completamente fechados aos turistas, ou seja, um em cada cinco destinos, e 55 estão parcialmente fechados.
  • Aumento dos custos das viagens aéreas em 2022, na sequência dos regulamentos impostos às companhias aéreas no sentido de erradicar – ou pelo menos minimizar – as suas contribuições para as mudanças climáticas, bem como preços de combustível mais altos. Estes constrangimentos poderão desencadear fusões de companhias aéreas, encerramento de aeroportos e aumento de preços das passagens aéreas.

E em Portugal?

À data de hoje, o setor do turismo registou um crescimento homólogo de 139% no segmento das dormidas (5,5 milhões) em outubro de 2021, face ao mesmo mês do ano anterior, segundo os dados da atividade turística divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já o número de hóspedes fixou-se nos 2,1 milhões, no mesmo período, o que significou um crescimento homólogo de 115,5%. No mês em análise os dois segmentos registaram um crescimento mensal de 58,5% e 52,3%, respetivamente.

No entanto, à semelhança da grande maioria dos destinos turísticos mundiais, estes valores estão muito abaixo dos registados no período pré-pandemia.

Estamos a preparar o nosso artigo anual que vai reunir as grandes tendências previstas para o turismo em 2022. Fiquem atentos, estará disponível antes do final do ano!

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