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Portugal enquanto destino turístico é reconhecido mundialmente pelas suas principais cidades e pelas paisagens costeiras, não fosse Portugal “um jardim à beira-mar plantado”. Mas também as regiões do interior do país abundam em riqueza natural, cultural e gastronómica e apresentam-se com um potencial turístico de grande relevância.

No mês passado, a UN Tourism (Organização Mundial de Turismo) e o Comité Europeu das Regiões estabeleceram uma parceria para a elaboração de um estudo sobre o potencial do turismo para a promoção do desenvolvimento socioeconómico nas zonas rurais e de interior. O relatório destaca a resiliência do turismo rural, evidenciada pelo aumento de popularidade durante e após a pandemia, especialmente entre os mercados domésticos. Além disso, ressalta o papel do turismo rural na diversificação económica, criação de emprego e preservação do património cultural, representando uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para as comunidades rurais conseguirem enfrentar desafios como o despovoamento e a desigualdade.

Em Portugal o turismo no interior do país tem sido, tendencialmente, mais procurado por públicos que desejam conectar-se com a natureza e fugir do ritmo agitado das áreas urbanas uma vez que as paisagens naturais e rurais oferecem um cenário perfeito para atividades ao ar livre e de relaxamento.

Neste artigo, exploramos como a gastronomia e o património devem ser trabalhados em complementaridade com a oferta natural criando produtos estruturados capazes de atrair e reter públicos qualificados impulsionando o crescimento sustentável das regiões do interior de Portugal.

Gastronomia Tradicional: um atrativo incontornável

Sendo a gastronomia portuguesa uma das mais ricas e variadas do mundo, nas regiões rurais ganha ainda mais destaque pela utilização de ingredientes locais, frescos e da época, produzidos e confecionados pelas próprias comunidades através de saberes geracionais.

A gastronomia, assim como a tradição vitivinícola portuguesa desempenham um papel fundamental no potencial do turismo no interior do país, proporcionando uma experiência sensorial de excelência, emoldurada por paisagens arrebatadoras e comunidades hospitaleiras.

Pequenos negócios, como restaurantes familiares e mercados de produtos locais, beneficiam diretamente da presença de turistas, contribuindo para a sustentabilidade económica das comunidades rurais.

 

4 formas de captar e reter turistas através da gastronomia:

  • Desenvolver Roteiros Gastronómicos e Enológicos que guiem os visitantes através de experiências culinárias e enológicas únicas, incluindo visitas a adegas, degustações de vinhos, workshops de culinária, e refeições em restaurantes que destaquem os ingredientes e pratos típicos da região.
  • Organizar Eventos e Festivais de gastronomia e vinhos que celebrem os sabores locais e que atraiam turistas interessados em cozinha regional e vinhos.
  • Desenvolver Atividades de Turismo de Natureza com Provas Gastronómicas que combinem atividades ao ar livre com experiências gastronómicas, como piqueniques, almoços em quintas vinícolas ou jantares temáticos.
  • Criar Workshops temáticos relacionados com a gastronomia e vinhos locais, onde os visitantes possam aprender técnicas de cozinha tradicional e conhecer a origem dos pratos típicos sob a orientação de produtores e chefs locais.

Património Cultural: acrescenta valor à visita

No interior de Portugal encontram-se vestígios de um passado repleto de história, lendas e estórias cravados num rico património cultural (material e imaterial) que permite aos visitantes mergulhar na autenticidade da vida rural.

Aldeias, castelos medievais, igrejas, vestígios arqueológicos, festividades, artesanato e expressões culturais são apenas alguns dos recursos que apresentam um grande potencial de desenvolvimento turístico de áreas rurais.

Os recursos quando trabalhados estrategicamente, em parceria, e de forma estruturada, podem tornar-se ferramentas para a atração de turistas durante o ano inteiro. Permitem gerar emprego e tornar a atividade turística num catalisador para a conservação e manutenção do património, numa relação simbiótica e sustentável.

 

3 formas de captar e reter turistas através do património cultural:

  • Desenvolver Roteiros Temáticos Históricos e Culturais que proporcionem aos visitantes uma experiência imersiva na história e cultura da região, enquanto promovem a preservação e valorização do património local.
  • Criar Experiências de Artesanato e Produção Local que ofereçam aos visitantes a oportunidade de participar em oficinas e atividades relacionadas com o artesanato e técnicas tradicionais de produção, através do contacto direto com artesãos locais.
  • Organizar Festivais e Eventos Culturais que celebrem as tradições locais, desde festas religiosas, feiras de artesanato, festivais de música e dança, ou recriações históricas. São uma forma de proporcionar entretenimento e diversão aos visitantes e envolver a comunidade local.
Case Study:

O exemplo de Melgaço: o destino de natureza, sustentável, mais radical de Portugal

 

Melgaço é constituído por 13 freguesias, que se estendem por um território de cerca de 230km2, algumas das quais pertencem ao Parque Nacional da Peneda Gerês.

Enquanto o património natural de Melgaço – cursos de água, serra, fauna e flora – contribuiu para a sua afirmação no turismo enquanto destino de natureza de referência, o seu património material e imaterial constituído por aldeias históricas, vestígios arqueológicos, tradições, lendas, estórias locais, bem como a gastronomia e vinhos, permitiram que Melgaço conseguisse diferenciar-se ainda mais no seio do turismo nacional. O desenvolvimento de uma oferta alargada e estruturada permitiu ao município aumentar a estada média e esbater a sazonalidade.

O município tem apostado clara e continuamente na sustentabilidade do território e das atividades que lá se realizam, preservando e valorizando os recursos endógenos. O turismo tem sido desenvolvido de uma forma estratégica e coerente com benefícios para residentes, investidores e visitantes, numa abordagem de cooperação com o setor privado.

Conheça mais sobre o processo de certificação de sustentabilidade assessorado pelo IPDT aqui.

Como podemos ajudar?

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O IPDT é membro Afiliado da UN Tourism

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